terça-feira, 14 de dezembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu sou...

Eu sou muito mais que pescador de ilusões
Sou catador de sonhos
Levanto as bainhas, me enfio na lama
Parei de esperar a isca e o anzol
Sangrei os dedos, olhos,coração e mente
Segurei os pingos d'agua que insistiam em escorrer
Meus joelhos já não doem mais
porque ja não mais os sinto
É o meu fardo, é a minha obrigação
Catarei os sonhos
Os agarrarei por mais pesados que sejam
Até me afogar e descobrir
que os sonhos são eternos
e que nós somos suas maiores iscas,
que alimentamos um cardume de ilusões.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A batalha do gladiador


Protagonista de 'Spartacus' deixa a série para cuidar de um câncer

Linfoma foi diagnosticado pela primeira vez em março deste ano



O ator Andy Whitfield não voltará à série "Spartacus: Blood and Sand" devido ao ressurgimento de um câncer que exige um tratamento agressivo, segundo anúncio da emissora de TV publicado no site da revista "People". O câncer, um linfoma, foi diagnosticado originalmente em março.

"É com grande sensação de desapontamento que tenha de me afastar de um projeto tão sensacional quanto 'Spartacus' e de todas as pessoas maravilhosas nele envolvidas", declarou o ator em um pronunciamento divulgado na mesma nota. "Parece que é o momento para que eu e minha família embarquemos em outra jornada extraordinária."


O canal Starz ainda não confirmou o cancelamento da série, o que na minha opinião é o mais certo a se fazer. A série sobre a história antes de Spartacus: Blood and sand no entanto está confirmada para 2011. Boa sorte pro Andy Whitfield, e se possível sua cura e seu retorno para completar esse seriado, que com continuação ou não já marcou época.  

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Step by step



    
heart to heart
       left right left
        We all fall to down

                      like toy  Soldiers"

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Contos de Modernidade- Sobre o Fim


O clarão que anuviou a minha visão ainda projetava floreios brancos de luz à minha volta. Detritos e fumaça se misturavam ao caos de estrelas e poeira. Nunca em tanto tempo de existência, vi algo tão belo e tenebroso quanto o que acabei de presenciar.

O homem estava na sua mais perfeita forma, os sentidos impecáveis, a tecnologia alcançara patamares inacreditáveis de evolução, mas nada disso pôde impedir o que aconteceu. Se algum tipo de ser ou criatura quiser algum dia saber o que aconteceu naquele pontinho do universo, terá somente o pó para responder.

Na verdade eu já estava morto quando tudo aconteceu, não sei bem quando morri, nem me lembro como, mas sei que foi a pelo menos 500 milhões de anos. Não me pergunte por que ainda estou aqui, simplesmente morri e o famoso túnel com a luz ao fundo não apareceu. Com o passar do tempo as pessoas que eu conheci se perderam em algum lugar da minha mente, assim como eu me perdi para o mundo. Antes de partir eu imaginava a morte como um momento de eterna paz, onde encontraria aqueles que já teriam partido, aproveitaria os ônus de ter sempre vivido de forma simples e tranqüila, sem nenhum ato de maldade significativo contra ninguém, mas fui simplesmente reduzido a uma subvida, condenado a vagar pela Terra como um expectador, sem jamais ser visto, ouvido, sem nunca mais ser notado.

Tantos milhões de anos se passaram e eu jamais encontrei alguém na mesma situação que eu. No início imaginei que teria uma missão, algo não terminado, procurei todos que conhecia, tentei entrar em contato, só consegui descobrir que todos os médiuns são nada mais que charlatões. Percorri por tudo nesse planeta, conheci desde as florestas siberianas até o topo do Himalaia, desde as casa mais pobres no centro da África, mansões em Mônaco, bombas e tiros no Oriente Médio. Vi países se desfazendo, outros se formando, terríveis desastres ambientais, guerras e mais guerras. Fui também observador da descoberta de curas para doenças consideradas incuráveis, e também o surgimento de avassaladoras epidemias. Mas por mais que eu visse, por mais conhecimento adquirisse, por mais vontade que eu tivesse de sumir finalmente, nada aparecia para me salvar, nenhuma mão se estendia para me regatar da minha própria existência.

Procurei espiar as mais altas autoridades em tecnologia do mundo a algumas centenas de anos atrás, tentar descobrir se eles tinham algum modo em que pudesse contatá-los. Com isso descobri algo que quando era vivo sabia que algum dia ia acontecer. A Terra estava com seus dias contados, em pouco tempo, algo como cem ou duzentos anos (para mim, menos de um segundo) o Sol terminaria suas atividades e a Terra assim como todos os planetas do sistema solar seriam engolidos pela terrível explosão que ocorreria devido à morte da nossa Estrela maior. Não podia haver melhor notícia que essa para mim, tudo estaria terminado, a minha tortura, ou castigo seria finalmente finalizado junto com toda a vida. Por mais que eu nunca imaginasse que estaria aqui para ver isso, era um alívio tamanho para mim, era como se estivesse prestes a tirar um cochilo depois de dias e dias sem dormir.

Aqueles vivos que fizeram essa descoberta secretamente começaram projetos para fugir antes que o inevitável acontecesse. Duas coisas eram consideradas, pelos cientistas, como as maldições da humanidade: a morte e a prisão dos homens na Terra. Isso porque eles nunca conseguiram reverter a morte, ou ao menos contatar alguém como eu, que já havia passado por ela. Também nunca tinham conseguido colonizar nenhum outro planeta, ou chegar a outros sistemas solares, o que prendia o homem àquele planeta que insistiam tanto em maltratar.

Diziam os mais religiosos que Deus havia feito a Terra para o homem e o homem para a Terra, que daqui Ele jamais permitiria que saíssemos.

Quando era inevitável divulgou-se o fim da Terra. Os mais ricos compraram seu bilhete para a vida em espaçonaves de capacidade planetária, que decolariam pouco antes da grande explosão em busca de um novo lugar para morar. Tantos outros se suicidaram ou cometeram loucuras por saberem que o fim estava próximo. Começou uma guerra monstruosa, a mais destrutiva de todos os tempos, onde se disputava quem estocaria mais recursos para viver fora daqui. Em pouco tempo as mega espaçonaves partiram, e só restaram aqueles pobres ou considerados sem importância para a prosperidade. Quem ficou passou a viver como animal, sem perspectiva de amanhã, sem alguém que pusesse controle e organização à situação, pois ninguém aceitava mais ser controlado.

Até que o processo começou. Foi aos poucos, a temperatura subiu gradativamente, e os seres morreram aos poucos, sobrando, perto do fim definitivo, somente a mim e as baratas. Até que um dia um clarão veio ao longe, havia fumaça por todos os lados, e tudo pareceu tão frágil, desintegrando-se como papel no fogo. Eu finalmente suspirei aliviado, era o fim de todo o meu sofrimento, de uma existência sem sentido, não queria que houvesse mais nada depois daquilo, só queria simplesmente deixar de existir!

A luz foi intensa demais e o clarão ficou na minha frente por muito tempo, por mais que tentasse fechar os olhos era só o branco à minha vista. Não sei quanto tempo fiquei daquele jeito. Mas pedia com todas as minhas forças que estivesse em um processo de destruição.

Finalmente recuperei minha visão, mas continuei com os olhos fechados, com receio do que estaria na minha frente. Talvez um homem barbudo, todo de branco, seres com asinhas, mesmo se fosse um chifrudo com um tridente eu o daria um abraço como se fosse um irmão. Mas não foi nada disso que me apareceu. Havia somente destroços, muita poeira. Eram as naves que partiram da Terra, pelo visto eles não tinham ido longe o suficiente para que não fossem atingidos pela grande explosão. E toda a humanidade se reduziu àquilo, pó!

Como uma maldição, a pior de todas as maldições, eu vago pelo universo, pelo espaço vazio, mais solitário que nunca. Impossível existir criatura mais desesperançosa e mais fatigada que eu, com um interminável buraco negro como destino.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Amor de corpo


Te trago como a um cigarro
ponho-te entre os lábios e me vicio
Seu suor mistura-se com a minha saliva
Cada fluído do seu corpo se torna agridoce

De repente vejo minhas mãos e não as reconheço
o entrelace de dedos na qual se transformaram
Tais olhos tão fixos que já não sei mais de quem são
os meus nos seus refletidos ou os seus nos meus
pedindo silenciosamente o prazer

Minhas expressões se traduzem em gemidos
e meus pensamentos saem de outra boca
Algo assustador deveria ser não reconhecer-me
mas, no êxtase, sou outro
Sou você
Sou enigma
Decifra-me ou devoro-te!

Naquele momento amo, um amor singular
que prende meu o espírito ao corpo
Amor que despejo no nosso gozo
Sentimento tão dividido quanto egoísta
É como eu amo... sem amar





domingo, 22 de agosto de 2010

Contos de Modernidade- Sobre a família


Era noite de um dia útil, o apartamento estava silencioso como se não houvesse ninguém, exceto pelo barulho do chuveiro de uma das suítes. Aquela casa era o lar de uma família grande, formada por três filhos, o mais velho com vinte e dois anos, a moça do meio com vinte e o mais novo com onze anos, além do pai e da mãe. Naquele momento o mais novo estava no quarto fazendo o dever de casa no quarto dele, enquanto o mais velho tomava banho no outro quarto para jantar e sair para alguma festa.

A porta da frente se abriu, o pai chegou carregando sacolas de supermercado. Jogou um molho de chaves na mesinha de centro da sala de estar e se dirigiu à cozinha. Desempacotou duas lasanhas semi-prontas e uma garrafa de refrigerante de laranja, pôs o refrigerante no congelador e a lasanha no microondas. O filho mais novo entrou na cozinha e perguntou:

-Cadê a mamãe? Tô com fome.

O pai, sem olhar para o filho , respondeu enquanto pegava um copo d’agua:

-Ainda tá no trabalho, disse pra jantarmos sem ela.

O filho deu as costas, e foi correndo para o escritório jogar vídeo-game. O pai se dirigiu ao maior quarto da casa, onde sentou na cama, retirou os sapatos e meias, foi até a suíte, tirou as roupas, olhou-se no espelho grande acima da pia. A barriga continuava saliente apesar de correr na esteira todos os dias, provavelmente por causa da cerveja diária com os amigos. Nos cabelos ele dera um jeito, pintou-os de preto, e aprendeu um penteado na internet que disfarçava a pequena careca na testa. Tomou uma ducha rápida, pôs uma bermuda e uma camiseta e foi retirar a lasanha do microondas. Foi então chamar o filho no escritório:

-Se quiser jantar, a lasanha ta pronta.

O filho não respondeu, estava com os olhos vidrados e coloridos na frente da TV. O pai sabia que ele tinha ouvido, e foi chamar o filho mais velho. Abriu a porta do quarto e ele estava deitado na cama, somente de toalha, falando com alguém no celular.

-Se quiser jantar, já está pronto.

O filho só abanou a mão pra ele fechar a porta, respondendo “Ok,ok” e o pai saiu, sem saber se o filho havia falado com ele ou com o celular.

O homem colocou os pratos na mesa, a lasanha no centro, sentou-se e começou a se servir. O mais novo chegou correndo como sempre. Sentou-se na mesa, e serviu-se de um pedaço pequeno, pondo no canto do prato coisas que não gostava na comida. O mais velho chegou, ainda de toalha, os cabelos um pouco molhados. Já era maior e mais forte que o pai, com o corpo talhado pela academia, era mais vaidoso que a mãe e a irmã.

-Poxa, lasanha de frango de novo? Ontem você comprou o mesmo sabor!- Disse ele olhando com ar de repulsa para a comida.

-Hum, foi mesmo? Esqueci. Não lembro o que eu comi no almoço.

O filho fez um muxoxo, serviu-se de um pedaço enorme, e começou a comer rápido.

Enquanto comiam, a porta da sala se abriu. A mãe havia chegado:

-Boa noite crianças. –Disse ela enquanto dava um beijo na cabeça de cada um, e um beijo no marido. Todos responderam com grunhidos, por estarem com a boca cheia.

Ela foi até o quarto, deixou a bolsa e o blazer e voltou para a mesa de jantar.

-Vocês esqueceram da irmã de vocês?

O pai bateu com a mão na testa. Havia esquecido que tinham combinado de jantar com a filha.

-Bom, espero que ela ainda esteja lá!- Disse a mãe correndo até o quarto. Voltou com um notebook nas mãos, abriu-o na ponta da mesa e conectou em um programa. Em poucos minutos a filha aparecia na tela do computador. Ela estava a um ano trabalhando na Europa, e sempre que podia jantava com a família.

Todos acenaram para ela, e a mãe se sentou ao lado do computador. Comiam calados, cada qual absorto em pensamentos e problemas.

O filho quebrou o silêncio. Estranho que cada vez que isso era feito na casa era como se uma onda de estranhamento se espalhasse por todos.

-Mãe, você ainda não me deu a minha mesada. Tenho que sair hoje e to sem dinheiro.

-Usa o cartão de crédito.- Respondeu a mãe.

-Tá bloqueado, você não pagou ainda.- Falou enquanto tomava um gole do refrigerante.

-Ai meu Deus, é tanta coisa pra eu pagar! Você podia dar um dinheiro pra ele de vez em quando não é?- Falou ela olhando para o pai, que quase não notara que ela se referia a ele.

-Tô sem dinheiro nenhum, se quiser posso arranjar amanhã.

-Como sempre. Eu tenho que me apertar pra sustentar tudo, e você pra ficar no seu eterno happy hour.-Falou a mãe com a voz estridente e irritada.

Era o início de mais uma discussão na casa, que aconteciam rotineiramente, e geralmente pelos mesmos motivos.

O filho mais novo começou a gritar e fazer barulhos, estratégia para não ouvir as discussões dos pais.

-Se você continuar gritando eu vou te dar uns tapas.- Gritou o pai

-Não grite com ele, vai traumatizá-lo! E se encostar nele eu chamo a polícia.- Gritou a mãe abraçando o filho menor que estava ao seu lado.

O pai engoliu um pedaço grande da lasanha, o rosto em chamas, o filho mais velho revirou os olhos, e o menor ficou ali parado, olhando para o prato. O mais velho levantou-se da mesa, e saiu, em poucos minutos todos haviam terminado. A filha mais velha falou pelo notebook:

-Adorei o jantar família, depois nos falamos, tenho trabalho a fazer agora. Mil beijos.- E desligou a câmera do computador.

O pai foi até o quarto onde ficou assistindo um filme de ação e explosões. A mãe ficou trabalhando no notebook até mais tarde na sala , o mais velho saiu de casa, bem arrumado, e só voltou próximo ao amanhecer. O filho mais novo foi terminar seus intermináveis deveres de casa.

O silêncio foi restaurado naquela casa. Tarde da noite os pais fizeram sexo, ela gemeu um pouco, ele revirou um pouco os olhos. Depois se viraram e dormiram, tinham compromisso de manhã cedo.

Todos foram dormir tranqüilos, mas como toda noite a mente deles emitia um alerta: estava faltando algo...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

[Crônica] Fechado para balanço


Me encontro em um quarto branco, estou sentado de pernas cruzadas, encarando o teto também branco, completamente liso. À minha frente tem uma parede, ela é transparente e o mundo está por trás dela. No momento ele passa por uma fase de transição, provavelmente uma primavera,que esquenta aos poucos após uma longa temporada de inverno. A parede é transparente, eu posso ver tudo por trás dela, mas sua película me impede ser visto ou ouvido. Como um cárcere passo os dias ali, na minha vontade de me isolar, procuro as tintas certas pra pintar as paredes daquele quarto, mas nenhuma é boa o suficiente, nenhuma me inspira o suficiente pra transformar essa fria primavera em um esplendoroso verão. Nesse momento não tenho voz, mas de vez em quando ela retorna, sai rouca e pouco expressiva, prefiro então me calar.
De vez em quando pareço maior que o mundo por trás daquela parede, vejo os lugares e pessoas tão pequenos, poderia dominá-lo facilmente, conhecer cada canto seu. Nesse momento correntes grossas me prendem à grandes e pesadas pedras, que gritam intensamente como se prontas a estourar meus tímpanos, elas querem ser lidas e decifradas, reduzidas a pó pelas minhas unhas e olhos.
Línguas de fogo lambem o quarto por fora, depois é enevoado pelo gelo, e um dilúvio ameaça invadir meu refúgio, já na altura do teto, mas nada me atinge, estou cristalizado, escoltado contra tudo. Nada é forte o suficiente para me mobilizar, muito menos para me destruir.
O tempo passa e os pêlos no meu rosto demoram pra crescer, meus cabelos se enrolam mas caem devagar, as roupas aos poucos se apertam sobre meu corpo. Uma mudança está se consolidando, uma segunda pele se forma e a antiga sucumbe, escorrendo, limpando os resquícios de lodo e piche que sujavam o chão. Nesse momento sou disforme, sou metamórfico, sei simplesmente no que não quero me transformar. Por isso ainda não me levanto, não pinto o quarto, não moldo a porta para sair dali. Mas eu sei o momento certo, um relógio com uma estranha forma me mostrará, ele baterá mais forte assim que formular meus reais objetivos. Ele tem a forma do meu coração.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ciclo sem fim


Primeiro e único filme que me fez chorar =P
Toda criança deveria assistir. Um filme que passa de modo eficaz para a criança uma lição que até mesmo adultos tem dificuldade em aprender, que é o ciclo da vida e a necessidade de se recuperar e se renovar sempre!

domingo, 1 de agosto de 2010

Glee-Talentosos perdedores


De uma coisa eu tenho certeza, todos querem ser famosos. Quem não quer é porque já é. A fama de certa forma é a concretização de que aquilo que você se dedicou a fazer está sendo feito de forma correta, ou pelo menos está agradando às pessoas. Não digo com isso que quem não é famoso seja necessariamente incompetente, ou que quem é famoso seja uma pessoa brilhante, mas que independente do que você faça, se você se torna conhecido por aquilo é porque, de certa forma, algo certo está sendo feito. Você pode estar pensando "E aqueles imbecis do BBB que ficam famosos sem fazer nada, ou as mulheres frutas, além de outras peças raras como bandinha Restart, Latino, Dado Dolabella, Luciana Gimenez, entre muitos outros exemplos?". Quanto a isso eu respondo: Cada país, assim como políticos, tem as celebridades que merece. Algo eles fazem pra chamar a atenção de algumas pessoas nesse país.
Bom, desde o início do ano eu venho acompanhando uma série que não fala necessariamente de fama, mas que aborda o talento e o que é necessário pra se chegar 'lá'. Com certeza a maioria das pessoas ja ouviu falar de Glee, série norte-americana exibida pela FOX, ganhou vários prêmios EMMY's ano passado, e está concorrendo a muitos outros esse ano. A mensagem da série é bem simples, não julgue as pessoas pelo que elas parecem ser, pois todos tem coisas boas e ruins pra mostrar, por mais perdedora que ela pareça ser. Acho que o sucesso que a série vem tendo não se deve somente pelo carisma dos personagens, pelas músicas muito bem interpretadas ou pelo humor, até um pouco imbecil de vez em quando. Eu acho que o sucesso se deve principalmente pela identificação que as pessoas tem com os personagens da série. Todos, assim como os personagens na série, buscam ser aceitos, ser reconhecidos pelos seus talentos, querem a redenção das celebridades diante de todo o sofrimento que passaram por se sentirem muitas vezes deslocados.
Uma prova disso são alguns videos que eu encontrei em uma comunidade do orkut sobre Glee (Glee-Downloads), em que as pessoas cantam músicas interpretadas na série. Fiquei impressionado com o talento de algumas pessoas, que cantam muito melhor que muitos cantores que estão na moda ultimamente. É óbvio que não dá para todos serem celebridades, mas o legal é que atualmente é possível pra todos terem seus 15 minutos (ou menos) de fama, por isso eu escolhi,com a opinião de um simples admirador de música, aqueles que eu considerei muito bons, e que não me impressionaria se fossem profissionais.

Obs.: São todos brasileiros

Top 5:

1º- Take a bow (Rihanna)


Ps.: também recomendo video, da mesma menina, cantando Use somebody -Kings of leon

2º- Defying gravity ( Musical "Wicked")

3º-Total eclipse of the heart (Bonnie tyler)

4º-Maybe this time (Tony Bennet)

5º- Highway to hell (AC/DC)
ps.: Achei a voz dele bem parecida com a do Bon Scott, mas cantar rock sem instrumental é dose...


terça-feira, 27 de julho de 2010

"A Boy Named Sue"

Uma música muito boa e divertida do Johnny Cash, um artista que foi brilhante!
Minha dica pra quem ainda não conhece.




A tradução pra acompanhar:

Um garoto chamado Sue

Bom, meu pai saiu de casa quando eu tinha 3 anos,
e ele não deixou muita coisa para mamãe e nem para mim,
Só este velho violão e uma garrafa vazia de bebida.

Agora eu não o culpo porque ele fugiu e se
escondeu,
Mas a coisa mais malvada que ele já fez,
Foi antes de partir, quando ele veio, e me chamou com o nome de Sue.

Bem, ele deve ter achado que era uma piada,
E isso deu em muitas risadas de um monte de amigos,
Parecia que eu tinha que lutar a minha vida
inteira.

Alguma namorada poderia rir e eu ficava vermelho,
E um cara riu e eu quebrei a cabeça dele,
Eu tenho que lhe dizer, a vida não é fácil para um
garoto chamado Sue.

Eu cresci rápido e cresci malvado,
Meu início foi difícil e meus movimentos tornaram-se
mordazes,
Eu vaguei de cidade à cidade para esconder minha
vergonha.

Mas eu me fiz um juramento para a lua e as
estrelas,
Eu procuraria os bordéis e bares,
E mataria aquele homem que me deu aquele nome
horrível.

Bem, era Gatlandburg em meios de junho,
Eu mal cheguei na cidade e minha garganta estava
seca,
Pensei: eu vou parar e tomar uma bebida.

Num velho saloon numa rua de lama,
Ali estava numa mesa sentado,
O cachorro imundo e sarnento que me chamou de Sue.

Bem, eu soube que aquela cobra era meu doce papai,
Através uma uma foto velha que minha mãe tinha,
E eu conhecia aquela cicatriz no seu rosto e seus
olhos maus.

Ele era grande e curvado, e grisalho e velho,
E eu olhei pra ele e meu sangue gelou, e eu disse,
"Meu nome é Sue! Como você vai? Agora você
morrerá!"
Sim, isto foi o que eu disse a ele.

Bem, eu o acertei forte no meio dos olhos,
E ele caiu, mas para minha surpresa,
Veio com uma faca e cortou fora um pedaço da minha
orelha.

Eu quebrei uma cadeira atravessando seus dentes,
E nós quebramos a parede e saímos na rua,
Chutando e socando na lama e no sangue e na
cerveja.

Eu lhe digo que eu lutei como um homem forte,
Mas eu realmente não consigo lembrar quando,
Ele chutou como uma mula e mordeu como um
crocodilo.

Eu o escutei rindo,
Ele foi pegar sua arma mas eu peguei a minha
primeiro,
Ele ficou lá olhando para mim e eu o vi sorrir.

A ele disse, "Filho, este mundo é cruel,
E se um homem quer viver tem que ser durão,
E eu sabia que não poderia estar lá para lhe
ajudar.

Então eu lhe dei esse nome e disse adeus,
Eu sabia que você teria que se endurecer ou morrer
E foi esse nome que lhe ajudou a ser forte.

Agora você só lutou uma luta idiota,
E eu sei que você me odeia e você tem direito,
De me matar agora e eu não o culparei se você o
fizer.

Mas você tem que me agradecer antes de eu morrer,
Pela pedra no seu estômago e pela cuspida no seu
olho,
porque eu sou o filho da puta que te chamou de
Sue".

Bem, o quê eu poderia fazer, o quê eu poderia
fazer?
Bem, eu fiquei sem ar e joguei minha arma fora,
O chamei de pai e ele me chamou de filho,
E eu voltei com um ponto de vista diferente.

Eu penso nele agora e sempre,
Toda vez que eu tento e toda a vez que eu ganho,
E se eu tiver um filho,
Eu acho que o chamarei de,
Bill ou George, qualquer coisa menos Sue!
Eu ainda odeio aquele nome!

terça-feira, 20 de julho de 2010

[Conto] Amigo estou aqui...


Era uma tarde chuvosa de agosto, estávamos os quatro naquele quarto, que apesar de bem ornamentado parecia tão cinza e sem graça naquele momento. Éramos todos amigos desde a adolescência, e agora, que Eliza, a mais nova tinha pelo menos 70 anos, acompanhávamos um de nós morrer lentamente, definhando por causa de um câncer. Era doloroso perceber como iríamos ter passar por aquilo com cada vez mais frequência. Gabriel estava deitado na cama, mais magro que nunca, muito pálido, seus poucos cabelos, já grisalhos, murchos em volta da cabeça. Na cabeceira da cama muitos remédios e livros. Estávamos os outros três, eu, Liza e Eliza, sentados em volta da sua cama, fazendo companhia á ele e distraindo-o. Não tínhamos mais muito o que falar, não conseguíamos mais tirar muitas forças pra forjar alegria vendo um dos nossos grandes amigos indo embora aos poucos. Ele então quebrou o silêncio com uma pergunta perturbadora:
-O que vocês queriam que te acontecessem após a morte?
Nos entreolhamos de forma tensa. Ninguém queria continuar tal assunto naquela situação
-Vamos, me respondam, ou quando eu morrer, volto pra saber a resposta!- Falou Gabriel, divertido como sempre fora. Todos rimos brevemente, até Gabriel começar um ataque de tosse.
Liza então falou:
-Bom, eu queria voltar a ter 20 anos, e reencontrar meus pais,sei lá, encontrar os beatles, dar um beijo no John!
-Não sei se pode beijar no céu, se é que você vai pra lá!- Falei entre risos de todos- Bom, eu queria só descansar, tomar um solzinho, fumar um baseado, e pelo menos ter meus dentes e meu cabelo de volta.
-Eu acho que eu ia querer voltar como outra pessoa, não sei, talvez me tornasse alguém melhor.- Disse Eliza.
Gabriel segurou a mão dela, esboçando um sorriso fraco. Todos nos olhamos de novo, esperando quem criaria coragem pra falar primeiro. Eu não aguentei a tensão, e perguntei:
-E você Gabriel?
Ele olhou pela janela, mexeu o nariz como fazia sempre, uma espécie de tique, e olhando pra cima falou:
-Eu não sei o que vai me acontecer, e não me importa, porque eu vou esperar por vocês, e eu sei que vai valer a pena simplesmente se vocês estiverem lá, comigo...
Nesse momento, ele olhou pra cada um de nós e uma lágrima desceu de cada olho, no exato momento que a luz deixava os olhos dele.

domingo, 18 de julho de 2010

Em silêncio


Quando o silêncio não mais incomodar,
saberá que apenas a sua presença basta.
Estar no mesmo espaço,
respirar o mesmo ar
é como um canto divino

Quando o silêncio puder dizer
coisas que achava que só se diziam em palavras
é porque já não mais se fala pela boca
o que pode ser dito pela alma

O silêncio, para alguns perturbador
Pode quebrar-se com um olhar
e a língua é só um complemento
do beijo, do canto, do ardor
A palavra então, é pura vaidade
do poeta que declama o seu amor

terça-feira, 13 de julho de 2010

This is (NOT) Sparta...









...mas tão conhecido quanto é Spartacus, o escravo, que arrancado de sua vila destruída e dos braços de sua mulher, é levado como escravo para Roma, onde sobrevive a uma luta contra quatro homens na arena, e é comprado como gladiador, se tornando uma lenda nas arenas e em seguida o líder da mais famosa rebelião de escravos de Roma.
A série foi lançada em janeiro pelo canal americano Starz, e será exibido pelo Globosat HD no Brasil. A história, imortalizada em livros e filmes, agora se torna sucesso como série, tomando outros sucessos como referência, tais quais 300, Kill Bill, Sin City, entre outros viscerais filmes de ação, a série tinha tudo para pecar pelo exagero. Violência demais, sangue, sexo, efeitos de computador demais. Porém o enredo e roteiro incriveis fazem isso tudo se tornar secundário, envolvendo quem assiste na rede obscura de tramas e maldades de todos os personagens, que não possuem nenhuma ou muito poucas virtudes, mas ainda assim te fazem torcer pra que os mais vis se deêm bem nos seus planos e armações muito bem amarrados.



Roma é muito bem retratada, apesar de ser usada uma linguagem mais atualizada, e nos faz ver como pouco mudou de dois mil anos para cá. A política continua o mesmo jogo de intrigas e vale-tudo, as pessoas continuam querendo sangue,e a maior diversão delas é ver outras pessoas digladiando (quem não viu e achou o máximo o vídeo da mulher brigando com a amiga, em Sorocaba, por causa do marido?)e a política de pão e circo é tão eficaz hoje quanto foi naquela época (Copa do mundo lembra alguma coisa?).
Enfim, um seriado que recomendo, e que apesar de ter muitas cenas de luta e sexo, não deixa de lado a inteligência e a sagacidade. A primeira temporada tem 13 capítulos, e a segunda temporada é prevista para 2011.

Trailer promocional da série:

domingo, 11 de julho de 2010

Eu, música


Queria ser música. Sim, concretizado numa partitura, fluindo no ar, mais democrático que qualquer coisa. Queria ser só melodia, ser cantado pelos assovios, dando direito a cada um escrever a letra que desejasse. Uma hora seria clássica, na outra rock'n roll. Libertado por um violão, uma flauta, quem sabe um pandeiro, ou simplesmente um batuque em um objeto qualquer.
Seria a demonstração de momentos alegres, a homenagem, o luto, a descontração, ou simplesmente a distração em um banho, ou na fila do supermercado, rindo do incômodo encontro de estranhos em um elevador.
Nasceria e renasceria de um sopro, e morreria tão rápido quanto o correr do vento. Jamais seria igual, em minhas infinitas versões, e quando prestes a ser esquecido, renasceria, renovado, pronto a acalentar novos corações, penetrar em cada ser, não somente pelos ouvidos, mas por cada poro, cada célula, cada lugar passível de sentir a minha vibração.
Enfim seria imortal, porque a música sempre se transforma, jamais morre.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A morte


Na rua escura, de uma noite escura
em um imponente automóvel
paro em uma luminosa sinaleira
e de longe a morte me encara
E a morte é escura
A morte é feia
A morte morre de fome e de frio
A morte veste farrapos
A morte rasga minha carne
A morte trinca meus dentes
A morte invade minha mente
A morte é repulsiva
A morte me faz repulsivo
A morte muda meus pensamentos
A morte mata para sobreviver
e foge para não morrer
A morte me faz culpado
e faz pensamentos de morte invadirem minha mente
A luminosa sinaleira antes vermelha se torna verde
como se desipnotizasse-me
Sigo meu caminho
E volto a sentir-me imortal

quarta-feira, 30 de junho de 2010

"São os pés firmes no chão que começam todo o salto..."

Essa é a mais nova propaganda da marca Johnnie Walker veiculada no Brasil. Sou fã das suas propagandas e essa, mais uma vez, não deixou a desejar.




Outras propagandas interessantes do Johnnie Walker:






sábado, 26 de junho de 2010

O atual Rock brasileiro

Nessas últimas semanas dois símbolos do cenário do rock atual do país lançaram clipes dos seus novos hits. Pitty, com sua nova música Fracasso e Strike com A tendência. Ambas criticam a imagem de rock star, o vazio dos movimentos musicais atuais, e a futilidade das pessoas em tempos tão materialistas. Comparações devem ser feitas, a Pitty faz isso de forma muito mais inteligente, um clipe bem menos "frufruzado" (xD), e que na simplicidade transmite a mensagem, uma diva que mantem a pose apesar de estar louca e decadente por dentro. A letra traz várias referências, como é normal no trabalho da Pitty, é inteligente e demonstra o porque de sua música estar um pouco fora da mídia ultimamente. O conteúdo não é mais compatível com o atual público alvo da MTV e séries como Malhação, meios que se utilizavam muito do trabalho da cantora, que agora amadureceu musicalmente, mostrando que está seguindo a trilha de outros ícones baianos do rock, de dimensão nacional, como Raul Seixas e Marcelo Nova (Exagerei na comparação, mas tá valendo), e na cola de Rita Lee, com quem vem sendo comparada desde o início de seu trabalho.
A Banda Strike no entanto faz uma crítica parecida, mas a linguagem e a composição da música é muito mais, digamos... Acessível, principalmente para o público que acompanha a banda (aqueles que são os atuais públicos da MTV e Malhação), atingindo recordes mundiais de visualizações no youtube. O problema é que eles caem numa armadilha, eles criticam o nicho que põe os próprios nas paradas de sucesso, tornando a música e até o clipe um tanto hipócritas. Porém é bom ver críticas virem de dentro do próprio movimento, mostrando um cisco de consciência de dentro do próprio circo midiático, trazendo talvez uma fagulhazinha de esperança de que o rock no Brasil pode voltar a ser o que já foi um dia.

Abaixo os dois clipes, pra quem quiser conferir:

Pitty- Fracasso






Strike- A tendência

domingo, 13 de junho de 2010

[Conto] O homem sem coração


Certo dia resolvi dar uma folga ao meu coração. Era um dia quente de verão, ele batia rápido demais, me fazia sentir calor e calafrios ao mesmo tempo, me deixava distraído, e doía o tempo inteiro. Resolvi que ia lhe dar um dia de férias.
Retirei de dentro do meu guarda-roupa uma caixa de madeira, com alguns entalhes vermelhos e uma fechadura dourada, que recebi de um certo alguém, que me disse que aquela era a caixa mais segura desse mundo. Não foi fácil retirá-lo, era pesado demais, cheio de cicatrizes, sangrava um pouco também, e era principalmente muito agitado.
Tranquei-o na caixa,e pus a pequena chave de ouro no meu bolso. Instantâneamente uma sensação incrível de leveza me apossou, era como se não tivesse mais problemas e tudo à minha volta perdesse o sentido.
Porque aqueles porta-retratos ocupando tanto espaço nas paredes e na escrivaninha? E aqueles pôsteres de filmes e músicos? E porque era tudo tão verde e azul?! Lembro-me que costumava dizer que "amava" aquelas cores e músicas e pessoas. Não tinha mais sentido aquilo tudo, era hora de mudar. Juntei tudo numa caixa para jogar fora, ia optimizar aquele espaço. Pra que tanta cor, tanto sorriso? Fiz uma nota mental pra lembrar de mandar pintar tudo de branco.
Enquanto tomava café da manhã minha mãe me ligou. Não sei porque falava com tanto carinho comigo, queria que eu fosse para o aniversário da minha irmã e ainda ao final do telefonema me mandou um beijo e disse que estava com saudade. Me dignei a mandar um "Tudo bem" pra ela antes de desligar.
Saí pra trabalhar, passei na frente da casa da minha ex-namorada, que também era minha vizinha de porta. Havíamos terminado a duas semanas. Antes do elevador se fechar pude ver a porta do apartamento dela se abrindo e um homem saindo de lá com ela, entre beijos e abraços. Não senti nada. Era incrível como algumas horas atrás ficaria devastado, mas naquele momento ela era menos que uma desconhecida para mim. Prossegui meu dia como se nada tivesse acontecido.
Foi o melhor dia da minha vida. Não me importei quando tocou
Your song no rádio (era minha música com minha ex. Era engraçado como eu achava lindo ela chorar assistindo Moulin Rouge, agora eu simplesmente acho-a uma imbecil), muito menos quando me contaram que meu melhor amigo, e colega de trabalho, tinha sido demitido do escritório de publicidade que trabalhávamos (a um dia atrás ficaria o dia inteiro deprimido), e meu chefe me elogiou pela precisão e frieza com a qual raciocinava aquele dia.
Cheguei em casa decidido a não recolocar meu coração. A caixa estava barulhenta e se mexia demais, começou a me incomodar à noite. Resolvi então vendê-lo na internet. Em incríveis dois dias encontrei um comprador. Despachei rapidamente a mercadoria pelo correio.
Meu irmão, em um dia normal (engraçado como todos os dias pareciam normais agora), me fez uma visita. Ele tinha se casado há seis meses, ele veio me dar a notícia de que a mulher dele estava grávida. Esbocei um sorriso respondendo "Que bom". Ele me abraçou com os olhos cheios de lágrimas. Nossa, um abraço tão entediante quanto todos que vinha recebendo ultimamente.
No trabalho meu chefe já dizia que eu estava frio demais, que eu tinha que pôr mais paixão nas criações, e não vendo meu progresso me pôs pra trabalhar na parte administrativa da empresa. Não preciso nem dizer que não fiz nenhum amigo ou avanço por lá.
Aos poucos comecei a me sentir um tanto quanto solitário. Não me importava mais em ver ninguém, há meses não encontrava um amigo ou familiar, e aos poucos todos cansaram de me procurar. Todas as comidas tinham o mesmo gosto, todas as cores eram iguais, todas os filmes,músicas,pessoas, eram entediantes demais. Senti falta de sentir amor por alguma coisa.
Procurei na internet pra quem eu havia vendido meu coração. Era uma mulher, lhe mandei um e-mail e ela respondeu imediatamente com seu endereço, dizendo que tentara entrar em contato comigo durante todo esse tempo. Fazia muito tempo que eu não atendia o telefone.
Fui até a casa dela, ela me recebeu friamente, simplesmente abriu a porta e pediu que eu entrasse. Eu friamente lhe dei um bom dia e entrei. Ela perguntou se eu queria um café, algo, e não insistiu nem se importou quando eu disse não.
A mulher então começou a me insultar, dizendo que eu havia enganado-a, que aquilo não era brincadeira que se fizesse, que devia me processar ou até mandar me matar.
Ouvi tudo e depois perguntei do quê que ela estava falando.
Ela saiu da sala e entrou em outro cômodo.Fiquei sentado me perguntando se devia acompanha-la.Voltou com a caixa com detalhes vermelhos e fechadura dourada. Disse que a chave que eu enviara não era a da caixa. Eu peguei a chave, tinha certeza que era aquela, pequena, de ouro.
Enfiou então a chave na fechadura e realmente não conseguiu abri-la. Eu pedi para tentar, pus a chave lá dentro e a tranca se abriu.
Olhamos surpresos um para o outro, depois para a caixa. O coração estava um pouco roxo e sua batida agora era fraca. Os olhos da mulher brilharam ao ver o coração.
A moça me contou que havia renunciado ao dela depois que seu marido foi assassinado em um assalto, e que nunca havia se arrependido tanto de algo.
Mas eu também queria o coração de volta, sentia falta de beber e me sentir alegre, de ter ímpeto para paquerar uma mulher, de sentir algo ao fazer sexo com uma mulher, de me orgulhar de algo que fiz bem ou de me alegrar com uma notícia boa.
Ela disse que tinha pago, que o coração agora era dela, agarrou-o e colocou em seu peito.
Sua feição modificou-se completamente, ela ficou mais corada, com um sorriso no rosto, os olhos brilhantes.
Ela me olhou nos olhos pela primeira vez, me pediu desculpas, disse que não ia deixar acontecer comigo o mesmo que aconteceu à ela. Mas ela disse que não ia conseguir viver novamente sem amar. E me fez uma oferta: podíamos simplesmente dividir aquele coração.
Provavelmente quem ainda tem um coração e principalmente quem tem alguém pra dividi-lo, deve saber qual foi a minha resposta, e o quanto é maravilhoso o meu mundo depois que eu e ela nos tornamos simplesmente um!

terça-feira, 8 de junho de 2010

A Geração do pop

Não tem como negar, Lady Gaga é o fenômeno pop dos últimos tempos. Se você tem em torno de 20 anos ou menos, pode aceitar, gostando ou não ela representa você. Ela é a representação dessa geração, a imagem pura, o vazio escondido atrás de uma fantasia, onde falta conteúdo e sobra polêmica. Um fenômeno instantâneo que usa de todos os meios de comunicação pra se promover. Ninguém nunca foi tão eficaz em ser tudo e não ser nada ao mesmo tempo, como ela faz. Não tem como não ouvir as músicas dela, e se prepare, quando ouvir você vai estar cantarolando em pouco tempo. Os clipes são superproduções, repletos de sensualidade e sexualidade.
Seu novo clipe, do novo single Alejandro mostra novamente sua forte conexão com o sexo, a morte, o homoerotismo, e continua a linha de clipes superproduzidos, parecidos com filmes, com tudo que tem direito, desde trailer até lançamento mundial.
Não sei se gosto dos clipes, não sei gosto do que ela representa, mas como todo mundo vou escutando, com medo do que vão dizer no futuro ao verem o que era o símbolo da minha geração...

Top 5- clipes da Lady Gaga:

5- Alejandro
Bem produzido, boa fotografia. Gosto da música, mas o clipe não convenceu muito



4- Telephone

Gosto particularmente da parceria com a beyoncé, só não achei que o clipe combinou muito com a música.

3- Bad romance

A música é sensacional. O clipe é esquisito como sempre...

2- Poker face

Ela ainda não estava na fase "vou fazer filmes-clipes" talvez por isso esteja bom. Não exagerou na sexualidade nem na esquisitice.

1- Just dance

De longe a melhor música dela. O clipe é simples mas interessante, e condiz com a letra da música, não que isso seja um item obrigatório pra um bom clipe.

Ps.: Clique no título da música pra ver o clipe, se você vive em uma caverna e nunca assistiu...

domingo, 6 de junho de 2010

Promessa ou desejo?!

Ex-técnico promete sexo com herói da Argentina



"O diretor técnico da Argentina, Carlos Bilardo, superou a excentricidade de Maradona, que prometeu desfilar nu em Buenos Aires caso a Argentina fosse campeã mundial na África do Sul. O ex-treinador prometeu, durante uma entrevista à emissora Telefe, que faria sexo com o autor do gol do tricampeonato mundial argentino."

Pra quem não entende nada de espanhol:
"-Sim. Eu faria sexo com o jogador que fizesse o gol do título mundial.
Incrédulo, o apresentador perguntou se ele falava sério, e Bilardo completou:
- Veja, eu não faria, mas deixaria que fizessem comigo.
O apresentador completou dizendo que torceria mais ainda para a Argentina ser campeã, e Bilardo, rindo, completou:
- Sim, mas vai doer muito. Já fiz exame contra câncer de próstata, e sei como é."


Com todo esse desespero dos argentinos de ganhar a copa, se eu fosse jogador da seleção deles, ficaria preocupado com o que eles vão fazer se a Argentina não ganhar!

Fonte: www.globo.com

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nunca tão livre


Nunca foi tão permitido ser o que quiser
Nunca foi tão permitido ser jovem
Nunca foi tão permitido ser mulher
Nunca foi tão permitido ser gay
Nunca foi tão permitido ser negro
Nunca foi tão permitido ser ateu
Nunca foi tão permitido ser artista
esportista, cientista, louco ou depravado
Nunca foi tão permitido ser rockeiro,
funkeiro, reggaeiro, psy-trance,ou descolado
Nunca foi tão permitido ser comunista,
hippie,rico, pobre, classe-média ou desgraçado
Nunca foi tão permitido ser nerd
blogueiro, surfista, skatista ou bombado
Nunca foi tão permitido ser burro
velho, pseudo-intelectual, gordo ou aleijado
Nunca foi tão permitido ser livre
sonhador, trabalhador, religioso ou vigiado

Nunca se soube tão pouco o significado de ser tudo isso
Nunca foi tão obrigatório ser alienado.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Conseguiu dizer tudo...

Não faz sentido-Gente colorida



...e um pouco mais!

Canal no youtube: http://www.youtube.com/user/felipeneto?blend=2&ob=1 (FelipeNeto- Não faz sentido)

sábado, 22 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Gotas de tinta



Renuncio a tudo que vivi
Me descontento com o que antes me deixava feliz
Esqueço todas as barreiras
Ao pintar os seus lábios na minha parede

Eu poderia me deitar e passar dias no seu travesseiro
Surfar nos seus olhos
Não! Flutuar neles seria a melhor expressão
Divergir de todos os meus valores
Só pra sentir minha nuca esquentar com sua respiração

Deixa a tinta secar, você sabe que pode deixar
Eu voltarei sempre, e pintarei tudo de novo
Pinto e apago, repinto e desenho,
Borro e torno a pintar
As veias abertas do meu coração
Dão-me a tinta para recomeçar

Refaço a arte a todo o momento
Há quem proteste e desfaça o que parece perfeito
O que é belo sempre pode ser refeito
As gotas de tinta desse amor errante
Do meu peito, nunca deixarão de pingar

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Quero o sonho


Um desejo enorme de me aventurar me toma quase todas as noites. Vou dormir imaginando como seria quebrar essa redoma, e explodir as grades. Acordo com a monotonia das pálpebras, e com a preguiça intrínseca de um corpo voltando a funcionar. Mas a mente me perturba todas as noites, a noite inteira, e ela acorda como foi dormir, sonhando. Sonho com vôos altos nas asas de falcões, com a textura das nuvens, com o cheiro de terras novas e o vento quente da surpresa.
Mas todo dia ando pelos mesmos lugares, vejo os mesmos olhos opacos da monotonia, refletindo os meus olhos opacos de tédio e ingratidão. Respiro e transbordo inalterado, esperando que um dia valha a pena vagar e ver montes de dejetos, imaginando-os montanhas.
Vejo rios em esgotos, florestas em matinhos, torres Eiffel em antenas de rádio. Um cavalo indomável pára ao meu lado, ele tem cheiro de gás carbônico e enxofre. De repente um gigante me engole, fico horas em seu estômago, zumbificado. Tomo seu elixir de sabedoria, tomado na fonte de outros zumbis.
Dizem que ser zumbi lhe traz uma mina de ouro. Dizem que a mina de ouro vai me fazer feliz. Um zumbi feliz.
Ser zumbi pra ser feliz, ou ser feliz pra ser feliz?
A juventude exige mais de mim, meu coração e meu corpo transbordam coisas boas e ruins. Ela transborda sobre mim, queimando minha pele como ácido. Ela tatua na minha testa "Cansei de imaginar, quero viver!".
O medo é o meu freio,fui criado assim, dengoso e medroso, protegido de pancadas.
Tomar pancada dói, mas é necessário, e eu procuro por uma surra que me tire desse mundo terrível, que me acorde e me faça dormir tranquilo, sonhando pra acordar em outro sonho, real.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Juventude trans'viada'

"Banda Restart cancela show e revolta fãs em SP"


O que acontece quando crianças sem pulseirinha (e sem cérebro) não tem o que querem? Uma puta falta de sacanagem! xD



"-Papai,posso gostar de Restart?
-Não filho,chega! Sua mãe já deixou você ser gay."


"Vou xingar muito no twitter hoje... sério!" ---> Maldita inclusão digital u.u

fonte: TV UOL

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sou?


Sou um homem machadiano?
Sou um bicho, Fabiano?
Nem vítima nem algoz
Sou refém e determinado pelo desejo
Desejo tornado meu

Capataz iludido da minha mente
Escravo do próprio corpo
Tão homem quanto a fraqueza da carne
Tão bicho quanto a pequenez da alma

sábado, 8 de maio de 2010

Por que escrevo?


Não é uma pergunta que já tenham feito pra mim, mas é algo que eu me pergunto todo o tempo. Escrevo por que me parece concretizar o sentimento. Quando uma palavra é posta no papel (ou digitada no computador) ela deixa de ser uma junção de sílabas soltas no ar ou uma sinapse da mente e passa a ser algo visível, algo belo, ou não, algo possível de ser mostrado. Muito mais que isso, quando escritas, as frases e palavras perdem o peso que tem sobre mim, é como se retirasse quilos e quilos de chumbo do meu corpo e os distribuíssem por toda a superfície da Terra. Porque não escrevo pra mim, ou pra alguém em especial, escrevo o que penso esperando intensamente que outras pessoas dividam o peso enorme de tudo aquilo que expressei, e que isso de certa forma as faça se sentir, crescer e refletir como eu fiz no momento em que tive aquele pensamento.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

De volta!

Por motivos técnicos fiquei essa semana sem postar, mas já voltei, e hoje vou postar uma contribuição, na verdade é um poema que um amigo, Marcelo Giudice, fez. Eu escolhi esse entre os que ele me mostrou. Bom, ele me disse que estava bêbado quando escreveu o poema. Mulher que nada, álcool e tristeza são as maiores inspirações de um homem! xD Taí, exatamente como ele me mandou:


Desenho de:Alfonso Casas Moreno

S/ título
mascaro teus defeitos com meu amor
fascínio por você, pelo seu viver
amor teu, guardaria com tudo que tenho
construiria castelos e calabouços
criaria muros altos e resistentes
inventaria armadilhas e um dragão
desfrutaria sozinho e até o último suspiro
me trancaria sozinho com te
sonho que sonho acordado


Autor: Marcelo Giudice

Bom, dando minha interpretação sobre o poema: Me parece falar de um ser errante, alguém fugaz, o qual o autor não tem realmente um relacionamento. Ao dizer que construiria castelos e muros, me parece que a pessoa já esteve com ele e de alguma forma ela escapou, e que se mais uma vez estivessem juntos, o eu-lírico não a deixaria escapar mais uma vez. Por fim é um amor idealizado, o qual o próprio autor tem noção disso, demonstrando ao dizer que mascara os defeitos e sonha acordado sobre viver com a tal pessoa.

Quem quiser contribuir com qualquer texto, poema, história,notícia,vídeo,comentário, seja lá o que for, será mais que bem vindo ^^ Só é mandar para o email sobretudonocabide@hotmail.com
Até a próxima!

terça-feira, 27 de abril de 2010

"Olhe bem de perto"...A terrível Beleza americana



Imagine um filme americano onde se pusesse junto duas famílias americanas de classe média, onde em uma houvesse uma filha semi-psicopata e rebelde sem causa, um pai banana, prestes a perder o emprego, controlado pela esposa, que surta e começa a se desapegar de bens materiais e das "cordas" que o prende e uma mãe materialista, apegada às imagens, com pretensões de uma carreira de sucesso. Na outra família um pai que é ex-fuzileiro, homofóbico, controlador e metódico, uma mãe dona-de-casa, fixada em organização, sem voz ou atitude, e um filho psicopata,traficante de drogas e com uma estranha fixação pela vizinha. Além de outros personagens, como um casal gay e uma ninfeta,linda, com pretensões de alcançar a fama, e com um estranho medo de ser comum. Tudo isso levando a um final repleto de traição, morte e drama. O que teríamos se esse filme fosse feito hoje? O maior clichê da história americana!
Mas quando falamos de Beleza americana, vencedor do oscar de melhor filme em 2000, além de melhor roteiro original, melhor diretor, melhor ator e melhor fotografia, isso não é um clichê, pois ele inventou tudo isso. Visivelmente a inspiração de muitos outros filmes e até seriados americanos, desde as cenas aéreas de um bairro de periferia americano, até os passeios de carro, e os jantares em família, incluindo a trilha sonora recheada de musícas pop e clássicos do rock.
Ele reinventou o gênero drama americano, com uma incrível crítica aos costumes do Tio Sam, personificado no coronel Frank Fitts e na ninfeta Angela Hayes, o primeiro um controlador, ignorante, cheio de preconceitos, que pune fisicamente quem não segue a sua linha, e a segunda que é linda, manipuladora, mentirosa, usa os outros à sua volta para parecer melhor e maior. Ambos demonstram-se amparados por frágeis pilares, que desabam ao serem confrontados, e punem severamente quem ousa chegar fundo e expor suas fraquezas.
O "desalinhado" da história é Lester Burnham (Kevin Spacey, vencedor do oscar de melhor ator por "Beleza americana" e de melhor ator coadjuvante por "Os suspeitos") que desde o início anuncia sua insatisfação com a vida superficial que leva, ao anunciar: “Meu nome é Lester Burnham. Essa é minha vizinhança. Essa é minha rua. Essa é minha vida. Eu tenho 42 anos e, em menos de um ano, estarei morto. É claro, eu ainda não sei disso. E, de certa forma, eu estou já morto." Ele surta ao se apaixonar pela amiga da filha (a ninfeta), ele resolve se desapegar dos bens materiais e da sua vida que ele próprio considera patética. Ao se afastar do chamado "Sonho americano" a vida dele começa a mudar. Ao mesmo tempo que ele passa a realizar sonhos antigos, ele está se afastando do que lhe é imposto e por isso deve ser punido, como todos são ao tentarem fugir do que o sistema americano lhe diz que é certo.
Até o título do filme é de uma subjetividade incrível, american beauty que significa beleza americana, é também o nome de uma rosa americana,que aparece em várias cenas do filme,e que apesar de parecer perfeita não tem cheiro ou espinhos, remetendo à sociedade amerioana, de longe aparentemente perfeita, mas por dentro vazia de complexidade e sentimentos.
Um filme bem feito e bem pensado, ótimo pra quem quer refletir sobre uma cultura que nos é imposta, e que ja não é suportada nem por quem a criou. Beleza americana já é um dos novos clássicos do cinema.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Agora é meu dia de glória!

Hoje eu vou falar sobre uma música, que eu considero das mais bem escritas, e muito bem tocadas: "Glory days". Escrita e interpretada por Bruce Springsteen em 1982, alcançou as paradas de sucesso, como muitos outros hits do seu album "Born in the USA". Ela fala sobre um homem que encontra seus amigos do tempo de colégio, aqueles que tinham sucesso, popularidade, os quais todos pensavam que seriam grandes personalidades na história, mas que com o passar do tempo se mostraram tão normais quanto qualquer outro ser humano,derrotados e sem o brilho da juventude.
Pode parecer que eu gosto muito de refletir sobre o tempo, mas o que realmente me intriga não é a questão do tempo em si, mas o modo como as pessoas lidam com ele, a maneira como o tempo interfere em nossas vidas, e como somos impotentes em controla-lo. Tudo isso me lembra uma frase dita no filme Tróia, por Aquiles, interpretado por Brad Pitt "Você nunca será mais bonita do que é hoje.Nunca estaremos de novo no momento em que estamos". Pare e pense, quem são aquelas pessoas que claramente já tiveram seus dias de glória? Que tantas pessoas criaram milhares de expectativas, e hoje elas estão piores do que eram? ou melhores até... Será que seus tempo de glória já passaram? Será que estão apenas começando?
O que importa é não ficar se lamentando pelo que passou, e tornar o Agora o seu tempo de glória!
Aí vai o clipe e a tradução da música pra quem quiser conferir:



Glory days
I had a friend was a big baseball player
Back in high school
He could throw that speedball by you
Make you look like a fool boy

Saw him the other night at this roadside bar
I was walking in, he was walking out
We went back inside sat down had a few drinks
But all he kept talking about was

Glory days well they'll pass you by
Glory days in the wink of a young girl's eye
Glory days, glory days

Well there's a girl that lives up the block
Back in school she could turn all the boy's heads
Sometimes on a Friday I'll stop by
And have a few drinks after she put her kids to bed

Her and her husband Bobby well they split up
I guess it's two years gone by now
We just sit around talking about the old times
She says when she feels like crying
She starts laughing thinking about

Glory days well they'll pass you by
Glory days in the wink of a young girl's eye
Glory days, glory days

Now I think I'm going down to the well tonight
And I'm going to drink till I get my fill
And I hope when I get old I don't sit around thinking about it
But I probably will

Yeah, just sitting back trying to recapture
A little of the glory of, well time slips away
And leaves you with nothing mister but
Boring stories of

Glory days well they'll pass you by
Glory days in the wink of a young girl's eye
Glory days, glory days

Well they'll pass you by
Glory days in the wink of a young girl's eye
Glory days, glory days

Glory Days (Tradução)
DIAS DE GLÓRIA

Eu tinha um amigo
Era um grande jogador de beisebol
De volta ao colegial
Ele podia arremessar aquela bola veloz* por você
E te fazer parecer um tolo
Eu o vi outra noite neste bar beira de estrada
Eu estava entrando, ele estava saindo
Então voltamos, nos sentamos
Tomamos uns drinques
Mas continuamos conversando sobre os

Dias de glória
É, eles passarão por você
Dias de glória
Num piscar de olhos de uma jovem garota
Dias de glória, dias de glória

Há esta garota que mora no pedaço
Nos tempos de escola
Ela podia mexer com a cabeça de todos os garotos
Às vezes às sextas
Eu paro por lá e tomo alguns drinques
Após ela colocar suas crianças para dormir
Ela e seu marido Bobby
Bem, eles se separaram
Acho que já se passaram dois anos
Então nos sentamos falando sobre os velhos tempos
Ela diz que quando sente vontade de chorar
Ela começa a rir pensando sobre os

Dias de glória
É, eles passarão por você
Dias de glória
Num piscar de olhos de uma jovem garota
Dias de glória, dias de glória

Acho que estou indo pro buraco esta noite
E vou beber até me encher
Espero que quando eu ficar velho
Eu não fique sentado pensando nisto
Mas eu provavelmente irei
Sim, apenas sentado tentando recapturar
Um pouco da glória
Bem, o tempo passa e te deixa
Sem nada, senhor, apenas histórias chatas dos

Dias de glória
É, eles passarão por você
Dias de glória
Num piscar de olhos de uma jovem garota
Dias de glória, dias de glória

Certo rapazes, continuem sacudindo
Nós vamos pra casa agora
Vamos lá!